Sobre AutoEstima
O que é autoestima?
Muito se fala sobre autoestima, e muitas vezes o seu significado é incompreendido.
Para alguns, autoestima é simplesmente gostar de si mesmo. Outros confundem autoestima com egoísmo, presunção, arrogância. Até o termo amor-próprio tem um significado negativo, quando o ideal é que todos nós possamos amar a todos, inclusive a nós mesmos.
E o que é autoestima? No dicionário encontramos:
estima. [Dev. de estimar.] S. f. 1. Sentimento da importância ou do valor de alguém ou de alguma coisa; apreço, consideração, respeito: O gerente gozava da estima de todos os empregados. 2. Afeição, afeto; amizade: A professora tinha grande estima àquelas crianças. 3. Apego que se dedica a um animal, a um objeto, etc. 4. V. estimativa (1): As medidas foram tomadas de acordo com a estima dos peritos. [Sin. ger.: estimação.]
autoestima . [De aut(o) + estima.] S. f. 1. Valorização de si mesmo, amor próprio.
Para a Psicologia, a autoestima, ou o “autorrespeito positivo“, refere-se ao valor e qualidades que atribuímos a nós mesmos, ao conceito que temos sobre nossas limitações e potencialidades. É a disposição para se perceber competente em lidar com as dificuldades básicas da vida e ser merecedor de felicidade.
Então, autoestima não é simplesmente “gostar” de si mesmo. Nem é frequentar regularmente o cabeleireiro e lojas de roupas e sapatos.
Simplificando um pouquinho, autoestima é a confiança no próprio potencial, a certeza da capacidade de enfrentar os desafios da vida, a consciência do próprio valor e do direito ao sucesso e à felicidade. E isto conduz a uma conclusão: a autoestima pode ser alta ou baixa, e qualquer uma das duas é autoestima.
E a alta autoestima não tem relação com egoísmo, prepotência, superioridade, etc..
Ao contrário, esses traços de personalidade denunciam baixa autoestima.
Quem tem elevada autoestima não precisa provar o seu valor pela comparação com os outros.
Segundo Nathaniel Branden, doutor em Psicologia e um especialista em autoestima, ter elevada autoestima é sentir-se adequado à vida, competente e merecedor. Ter baixa autoestima é sentir-se inadequado à vida, errado – não sobre algo específico, mas errado como indivíduo.
As bases da autoestima
Pelo exposto até aqui, podemos dizer que as bases da autoestima são a autoconfiança e o autorrespeito.
Autoconfiança: confiar em si mesmo, saber-se capaz mesmo diante de situações novas. Isto não quer dizer que a pessoa tem que saber tudo a respeito de tudo, e sim que ela confia que é capaz de agir positivamente em circunstâncias desconhecidas, e às vezes adversas.
Autorrespeito: a consciência e a aceitação do próprio potencial, mesmo quando os resultados são diferentes do esperado. É a ação resultante da própria escala de valores.
E por que a autoestima é importante?
Cada pessoa pensa e se comporta da maneira que lhe é própria e que corresponde à imagem que faz de si mesma. Vejamos algumas diferenças:
As pessoas com baixa autoestima geralmente:
- culpam os outros pelos seus erros,
- acham que qualquer conversa é um “confronto”,
- precisam “ganhar” as discussões,
- são muito preocupadas com “o que os outros vão pensar”,
- dependem da imagem que os outros têm delas.
Já as pessoas com elevada autoestima geralmente:
- assumem a responsabilidade por suas ações,
- são afirmativas sem agressividade,
- são objetivas em suas opiniões,
- não se preocupam em demasia com o que os outros pensam delas,
- aceitam-se pelo que são.
O modo de vida atual exige que vivamos correndo. As exigências dos atuais padrões de bem-estar acabam distorcendo a percepção da nossa própria existência. A autoestima existe para ajudar a pessoa a se manter com seu caráter e sua personalidade definida. Em outras palavras, quando a pessoa está bem consigo mesma, tudo vai bem, sua autoestima está alta; quando sua vida emocional está em conflito, sua autoestima, consequentemente, está em baixa.
E como é fácil para as pessoas caírem nas armadilhas do “eu não valho nada!” Se não possuo o corpo perfeito, se não sou tão inteligente como fulano, se os resultados que obtive não correspondem ao desejado, então eu não sou digno de coisa alguma!
Quando a autoestima é negativa, baixa, o crescimento fica estagnado, a coragem diante da vida diminui, desistimos até de arriscar coisas novas, de sonhar. Por isso, diz-se que a autoestima é um valor de sobrevivência.
Alguns autores definem a autoestima como o sistema imunológico da mente e do espírito.
Porque ter uma alta autoestima?
“Quem se gosta, gosta mais do mundo.”
Os nossos comportamentos são determinados pelas imagens que fazemos de nós mesmos. Citando mais uma vez Nathaniel Branden: “Quanto maior a nossa autoestima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota. Quanto maior a nossa autoestima, maior a probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho e maior a probabilidade de obtermos sucesso”.
Pessoas com elevada autoestima têm mais energia, motivação e iniciativa, têm disposição de admitir e corrigir “erros”, estão mais atentas às oportunidades, aceitam o risco de enfrentar situações novas, são receptivas aos sinais internos de intuição e de criatividade, são perseverantes diante de situações adversas, são independentes e flexíveis, e muitas outras qualidades positivas.
Como conseguir uma elevada autoestima?
Desde que nascemos, fatores inconscientes formam a nossa autoestima.
Geralmente não temos consciência de nossos pontos fortes e de nossas fragilidades e, por isso, não podemos superar nossos limites nem nos apoiar em nossos recursos.
Eis alguns passos que conduzem a uma autoestima positiva:
- Consciência do processo de autoestima.
- Identificar a auto-imagem e como ela é formada: existem bases reais para ela ou ela é produto de expectativas – próprias e de outros – infundadas?
- Aceitação própria: qualidades e “defeitos”.
- Viver conscientemente: sem negar as circunstâncias, sem “jogar para o inconsciente”.
- Alterar os registros, as memórias das situações que instalaram noções de baixa autoestima.
- Aqui algumas técnicas são úteis: visualização criativa, técnicas da Terapia Cognitiva, e aquelas usadas na Programação Neurolinguística, entre outras.
Para finalizar:
Cuidar da própria autoestima é mais que uma obrigação: é um dever.
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Talvez você não saiba, mas você tem um direito:
O direito de ser feliz!